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quarta-feira, 27 de abril de 2022

Armadura: síntese da força e da beleza da missão do nobre

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs












Uma das coisas que produz o efeito mais profundo são as armaduras medievais.

Aquela armadura brilhante era feita para brigar de verdade. Aquela máscara, a viseira baixa, a cabeça toda dentro daquela caixa de metal para protegê-la, luvas de metal nas mãos, perneiras, braçadeiras e aquela resolução, a gente olha longamente.

A armadura manifesta algo da robustez moral daqueles cavaleiros, daquela vontade indomável e daquela deliberação: “Ali está um tipo que é um herege ou é um maometano, eu vou rachá-lo de meio a meio”.

A armadura não é propriamente um traje. Poderia se disser que era um traje de luta, mas não um traje para a vida de todos os dias.

O homem punha na hora do combate ou na hora que se exercitava para o combate.

A armadura é feita para a guerra, com elmos e roupas de ferro. Aquela vestimenta de metal é para guerreiro.

Já na época das armas de fogo não se pôde mais vestir armadura. As armas de fogo exigem uma capacidade de deslocamento muito grande, e contra elas as couraças não adiantam mais nada. De maneira que um regimento muito bonito de couraceiros não teria possibilidade de ganhar a batalha.

Os medievais tinham armaduras muito bonitas e muito finas. Não eram bordadas nem tinham sedas pela simples razão de que tinham outro e prata. ás vezes com aplicações imitando os desenhos da seda!

Ao que é que corresponde tanta elegância numa função tão forte? É a idéia de fazer uma síntese.

A guerra é forte, brutal. Mas nobre!

Por quê? Porque nela o homem desempenha uma de suas mais belas funções, que é a de expor a vida por um alto ideal.

Por causa disso, a guerra é função própria à segunda classe social: a nobreza.

A primeira classe social era o clero. A primeira por todas as razões: aproxima o homem de Deus, distribui os sacramentos e ensina a Religião.

Logo depois vinha a nobreza, a classe dos guerreiros.

Era a classe do holocausto que partia por cima dos adversários da causa católica, ou na Cruzada, ou ao serviço do rei. Assim mantinham a dignidade do reino e a do homem, no exercício de sua capacidade de luta.

Mas, como era uma função nobre precisava ser exercida com beleza.

Porque o próprio da função nobre é ser conduzida com beleza. Aquilo que é nobre é belo!

Tudo quanto cerca a nobreza deve ser circundado de beleza e, portanto, a guerra conduzida pelo nobre tem que ser ornamental.

Eis a razão de conciliar a força guerreira com a elegância e a distinção que o nobre deve pôr em tudo quanto faz.


(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, 1/10/94, 2/9/89, sem revisão do autor.)

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