Para atualizações gratis via email: DIGITE SEU EMAIL:

domingo, 15 de abril de 2012

Fra Angélico 4: Visitantes “transportados” à Idade Média



Continuação do post anterior

Seria esta a sensação da multidão de franceses cujos olhos se colavam às obras ali expostas, como que para se liberar de uma névoa que os impedia de ver tanta virtude?

A cortesia expressa por aqueles personagens e a elegância dos anjos, a suavidade dos reis e o recolhimento dos monges constituiriam uma pausa na vulgaridade de seus dias?

Sentiriam eles falta da certeza tão presente nos gestos humanos e angélicos daqueles quadros?

Entre o relativismo balofo dos atuais dias e aqueles semblantes modelados pela decisão da vontade não optavam os expectadores pela prolongada permanência junto ao Beato?

domingo, 1 de abril de 2012

Fra Angélico 3: o santo confrontado com artistas contemporâneos


Continuação do post anterior

O Beato foi praticamente o único pintor em seu gênero. Seus contemporâneos já estavam contaminados pelo ideal terreno, eminentemente emocional, que dentro em pouco dominaria a Renascença em plena realização. Zanobi Strozzi, um de seus primeiros discípulos, é um triste exemplo da solidão na qual os contemporâneos deixaram o mestre dominicano.

Em seu célebre quadro sobre Nossa Senhora, o Menino Jesus aparece despido (em todas as eras da Humanidade não se conhece exemplo de mãe que deixe seu bebê despido) enquanto Maria tem o olhar frio e vago, parecendo ignorar o Filho.