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quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Jóias e símbolos na Terra e no Céu Empíreo – 4

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Continuação do post anterior



Símbolo de valores morais

Na ordem social e política cristã, cabe à nobreza, e de modo especial aos reis, serem para o povo um modelo de prática adamantina (a palavra se origina de diamante) das virtudes católicas:

Santo Henrique, imperador alemão;

São Luís IX, rei da França;

São Fernando de Castela;

São Pedro Urséolo, Doge de Veneza; Santa Isabel da Hungria; Santa Isabel de Portugal;

Santa Clotilde – para mencionar apenas alguns, mas esplêndidos exemplos disso.

É pois benéfico para a sociedade que sejam ornados com símbolos da Pátria celeste aqueles que, com seu estilo requintado de vida, nos figuram o ideal do Céu.

É o caso do diadema da rainha Maria Pia de Portugal – feito por volta de 1860 com diamantes do Brasil – ou o da rainha Isabel da Bélgica.

O quadro de Cristina de Lorena, Grã-duquesa da Toscana, ornada com diamantes e pedras preciosas, leva-nos a admirar um conjunto de valores morais e culturais que, na sua perfeição sem mancha, só conheceremos na corte celeste.

No quadro da rainha de Espanha, Maria Luísa, o requinte de refinamento, educação e delicadeza quase faz esquecer a riqueza dos diamantes que ela ostenta.

A pintura, entretanto, é uma pálida figura do resplendor que a visão beatífica comunicará às almas bem-aventuradas, e que excederá o brilho das recompensas reservadas para os corpos ressuscitados no grande palácio do Céu.

Uma antipatia moderna

Em sentido contrário, compreende-se bem quanto o abuso desses símbolos é oposto às finalidades com que Deus os criou.

É o caso do seu emprego pelas religiões pagãs; ou para o mero gozo da vida, vaidade ou exibição de dinheiro pelo dinheiro.

Exemplo típico foi o do diamante Oeil de l'Idole, que um soldado inglês arrancou da testa de um ídolo indiano.

Ou certas obras de joalheria moderna, que empregam nobres pedras para figurar animais ou formas extravagantes, imorais, nojentas ou nocivas.

Mas o antigo paganismo – é preciso reconhecê-lo – não caiu tão baixo quanto o igualitarismo sórdido da nossa época, que odeia por princípio tudo quanto alimenta o desejo do Céu, e por isso antipatiza com elementos como o diamante, que nos proporcionam antegozo e apetência da eterna bem-aventurança.

O carvão, o brilhante e o raio de sol

"O diamante é um carvão que,
nas trevas e sob a pressão dos sofrimentos mais atrozes,
admirou tanto a luz,
que se transformou num raio de sol".
Plinio Corrêa de Oliveira


Fim


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